sexta-feira, 26 de abril de 2013

Ninguém sabe lidar com a morte

Há a mais ou menos 1 mês atrás, no quintal aqui de casa apareceu um filho de gato miando desesperadamente no meio do mato. Eu e meus irmão fomos lá procurar, minha irmã viu onde tava, meu irmão pegou e eu comecei a cuidar do filhote.

Fiz leite, arrumei uma caixa com pano pra ele dormir, e tal. Depois percebemos que era uma fêmea e o nome que era polenguinho passou a ser polenguinha. rsrsrs

Sabe como é né, a gente se apega logo a uma coisinha tão fofa e engraçadinha, afinal, bicho é melhor que gente. E eu tava amando ter um bichinho em casa. Quando foi hoje, acordei cedo, esquentei o leite da minha gatinha, e fiquei esperando ela acordar (sempre acordava com uma fome enorme). Ontem eu tinha mudado ela de lugar, dos fundos para a frente da casa por causa da chuva, e coloquei uma caixa nova pra ela. Hoje cedo minha irmã disse que ela estava estranha, tinha caído da caixa. Fiquei logo assustada e fui ver, quando cheguei lá... "Meu Deus!!" gritei. A caixa estava virada e ela estirada no chão com o pescoço todo ensanguentado. Que cena horrível! Comecei a chorar e soluçar, a morte é brutal, insensível, cruel. Nem quis mais ver aquela cena, pedi a meu pai para tirar o corpinho dela de lá da porta e levar. Não me conformo com isso, choro copiosamente, me culpando por ter deixado ela numa caixa mais alta, ou do lado de fora da porta da sala. Minha mãe disse que foi algum bicho que matou ela, mas "eu particularmente não acredito".

Vou ter pesadelos com isso. Vou passar o mês inteiro sentindo falta dos miados dela e de como estava aprendendo a subir nas coisas, se embolando nos cabos do computador, mordendo minha sandália e correndo pela casa. Penso que seria melhor que alguém a tivesse levado embora do que ver aquela cena de terror logo de manhã cedo... 

Edmara Gonçalves

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